domingo, 14 de abril de 2013

Embalos de Sábado a Noite

Gente linda de se ver em pleno domingão, vou perguntar uma coisa pra vocês: cêis se lembram daquela nossa história do fim de semana passado, quando investimos numa ideia frustrada de vender cervejas nos frevos da nigth brasiliense e fracassamos né?! Então como ainda tínhamos muita mercadoria e Chicletão no sábadão, fomos (eu, Luiz, Paulin e a Bia, namorada do Luiz) tentar recuperar uma parte do prejuízo!
Nunca vi tanto vendedor de cerveja junto, tinha mais do que nos outros eventos que fomos, vendemos o suficiente pra pagar o gelo que compramos e a gasolina pra ir pro Nilson Nelson, lamentável. O bom da noite foi o seguinte: Reparar o circo de horrores que é esse tipo de evento. Ir num lugar desses e só ficar estudando o comportamento alheio pode ser muito mais engraçado do que ir pra realmente curtir o show. Para provar o que eu digo, fizemos (eu e a Bia)  uma série de entrevistas com o público do Chiclete com Banana e Naldo. Vejamos:

MARCELO, 24 anos
Marcelo diz que quando sai pra esse tipo de show, o que faz com frequência, costuma "pegar" em média 7 meninas, sendo que seu critério, logicamente é a aparência física, afinal ele tá ali só pra dar uns beijos mesmo, e diz que nunca saiu de um evento de axé com uma menina para ir para o motel, nem carro, nem casa dele, ou seja, nunca transou com meninas de micareta. Seu lema é: "Quantidade não é qualidade!".

LEONARDO, 23 anos e 12 meses (kkkkkkkkkkk)
Leonardo é o tipo de cara que tira a blusa no show, e coloca no ombro ou amarra na mão. Ele costuma beber Bacardi e energético para aguentar o ritmo da noite e também tem uma média de 7 meninas beijadas por ele. Porém ao contrário de seu amigo Marcelo, ele diz que é mega fácil sair com uma garota do show para  transarem, ainda completa dizendo que muitas minas só querem dar mesmo. Disse-me inclusive que já até ficou com uma senhora de 70 anos, muito assanhada diria eu! Seu lema de micaretas é: "Vem todo mundo!".

ISABELA, 16 anos
Isabela é uma adorável menina que fabrica sua própria identidade falsa, e eu acho que a das amigas dela também, para entrarem nos shows da vida. Ela nos contou que fica sim com os boys bombados, tatuados e suados, em média 2 boys por noite, apenas. Isabela e suas amigas não tem horário pra chegar em casa, andam de shortinhos curtos e decotes e saem todo fim de semana bebendo o que for mais barato, inclusive compraram duas garrafas de catuaba da gente!! As meninas acham caro pagar 60 dinheiros nesse show, porque afinal estão pagando 60 reais só para verem gente feia, fedida e mal educada.

BRIAN, 22 anos
Brian é um vendedor de cerveja de primeira viagem. Chegou tarde ao show, mas diz que estava vendendo muito bem ( o que me faz pensar que ou somos azarados ou não sabemos escolher um ponto de vendas estratégico, não sei). Diz ainda que tem medo de ser assaltado, afinal ele tem a mercadoria que todo mundo quer e dinheiro no bolso, mas que mesmo assim foi trabalhar na esperança de ganhar um extra. Perguntei o quanto ele esperava ter de lucro e ele me respondeu que 500 dinheiros. Ri, mas tive que falar que é quase impossível essa meta dele, baseada nas minhas experiências, ele só me respondeu que sonhar é de graça! Ri de novo.

ALICE, 27 anos e JUREMA, 28 anos
As duas amigas passaram o "esquenta" do show inteiro dentro do carro, LOKAS NA ROUPA. Elas falaram que vão pra esse tipo de show só pra beber e zoar. Alice é solteira e Jurema é casada, mas está de vale-night, pois seu marido está viajando. As duas bebem vodka no carro e nem sabem se vão entrar no show, afinal mesmo que fiquem do lado de fora elas dizem que só querem beber e causar conflito. Completam ainda dizendo que os homens de Brasília só sabem tomar bomba, são brochas e no final sempre deixam elas na mão, literalmente. O lema das duas é: "As gurias vieram aqui pra dar e nós duas pra zoar com a cara dos homens!". Por fim quando o show já havia começado, elas resolveram comprar ingressos para o camarote. Vai entender.

RESUMINDO, fui trabalhar no show, onde conheci pessoas mega diferentes, tive a oportunidade de conversar e rir com cada uma delas e saber de suas expectativas, e no final todo mundo se divertiu, inclusive eu, ou principalmente eu, que vi tudo aquilo de cara, altamente sóbria e consciente. E quando um cambista passou e me perguntou se eu queria ingresso eu respondi "Quero nem de graça!”.

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